sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Concertos de Natal 2010

Encerramos o ano de 2010 com 45 apresentações sendo que duas delas foram realizadas fora do Município: Uma em Belém e uma em Muaná; Para se realizar tantas apresentações foram necessários muitos ensaios. Este ano a Diretoria desceu algumas normas na Banda de Música, entre elas a frequencia dos músicos nos ensaios, e foram contabilizados 143 ensaios durante o ano.
E fechamos a Programação da Banda com tres concertos de Natal: Um na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, um enfrente a Igrejinha Matriz e um no restaurante Reponta.
Desejamos a todos que contribuem para o Trabalho Musical e Social da AMAM um Feliz Ano Novo e que todos os Sonhos possam se realizar.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Padre Edileno e Padre Tadeu


08/12/2010
Somos todos privilegiados ao recebermos o Dom da Vida ofertada por Deus. A música, em especial, nos proporciona esta rara e magnífica oportunidade de viajarmos no tempo através de nossos pensamentos e emoções, embalados ao som de notas que fazem bem à alma. Cada música nos recorda um lugar, um tempo, um acontecimento... Ou alguém especial que marcou nossa vida, enfim, a boa música é a magia da sonoridade que nos faz sonhar, aguça nossos pensamentos e acalma o coração. Podemos dizer que “a música é a mais universal das artes”, aquela que transforma a tudo e a todos.






11/12/2010

Um dia tão especial, é maravilhoso e gratificante termos o privilégio como Marajoaras, e principalmente, como Pontapedrenses, estarmos participando da Ordenação Presbiteral de jovens que nasceram entre nós, mas que sonharam em doar suas vidas em favor de muitos. Desejamos que vosso SIM seja como música, ao som dos coros dos anjos dizendo amém. Nossas mais sinceras homenagens a Pe. Edileno Ribeiro Felix e Pe. Marcel Tadeu Pimentel.




Apresentação da Banda em Muaná
Santuário

Apresentação da Banda em Muaná na Barraca da Santa




                      

No dia 08 de dezembro a Banda prestou uma homenagem ao Padre Edileno na Barraca da Santa em Ponta de Pedras e no dia 11 de dezembro prestou homenagem ao Padre Tadeu em Muaná.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Círio de Nossa Senhora da Conceição 2010

Círio e Banda de Música, uma tradição Religiosa e Cultura do Município de Ponta de Pedras.
Segundo o relato de músicos fundadores da AMAM, a Banda de Música foi criada com o objetivo de tocar a Festividade de Nossa Senhora da Conceição.
 Programação:
Alvorada: Na madrugada de sexta para sábado os músicos se encontram em frente a Sede da AMAM. Por volta das cinco horas a Banda sai tocando pelas ruas da cidade acompanhada por muitas pessoas, que em rítmo de marchinha carnavalesca cantam e dançam "Acorda Maria Bonita".

Círio Fluvial: As oito horas da manha de sábado a Banda de Música acompanha o Círio fluvial. Este ano por falta de uma embarcação maior a Banda de esperou a Imagem no Trapiche Municipal.

                                                                                                                                                                                                      






Procissão Rodoviária: A imagem saiu da Comunidade de Praia Grande por volta das 16 horas, passando pela comunidade de Cajueiro que prestor uma homenagem com os alunos de Flauta doce e violão do Núcleo da AMAM em Cajueiro.



Trasladação: A noite após a missa a Traslação é acompanhada pela Banda de Música até a Igrejinha. 


Círio de Nossa Senhora da Conceição: No domingo pela manhã a Banda de Música com sua farda branca acompanha o Círio pelas ruas da cidade de Ponta de Pedras.




Círio das Crianças: este ano a imagem saiu da comunidade de São Francisco de Assis.














sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Antonio Malato - Biografia


Antonio Malato
08/01/1913 a 25/07/1980

Antonio Malato Ribeiro, nasceu na Cidade de Ponta de Pedras no dia 08 de janeiro de 1913. Foi uma criança e um adolescente como qualquer outro com os mesmos hábitos de tomar banho no trapiche e nos igarapés, de pescar e caçar nos sítios, de dançar nas festinhas da cidade, enfim; um cidadão como qualquer outro, assim como estudante da única Escola de Ensino Fundamental da época, o Grupo Escolar de Ponta de Pedras- dirigido pela Professora Aureliana Monteiro.
Ainda jovem e à procura de um ideal, irritava-se com a falta de oportunidade de trabalho, como ocorre com todos os jovens antes de obter o primeiro emprego, por isso; procurou sair da Cidade aos 19 anos de idade. Foi para a Cidade de Soure (Marajó) onde residia seu irmão Djalma, mas percebeu que não tinha afinidade com o comércio e com os negócios conduzidos por seu irmão. Assim, aos 21 anos ele vai para Abaetetuba, conviver com seus primos Araújo, em companhia dos quais recebeu os primeiros fundamentos de música, na escolinha de música da Banda Carlos Gomes, mantida pela Prefeitura local.
Quando sentiu que já dominava seu instrumento, o Trompete, achou que estava apto a ganhar a vida na profissão de músico. E lá foi para Belém aos 23 anos, e inscreveu-se numa Companhia de Navegação – o Loyde Brasileiro – que o contratou para reforçar um conjunto musical que animava as noites da “boate” de um de seus navios de passageiros. Seu Antonico, permaneceu embarcado por mais de dois anos, cobrindo o percurso litorâneo entre Belém e o Porto de Tramandaí no Rio Grande do Sul, escalando em Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Antes de completar três anos naquele navio, o empregador o obrigou a gozar as suas primeiras férias, e lógico; escolheu Ponta de Pedras para se divertir.
Duas surpresas, porém, o aguardavam em Ponta de Pedras: Seu pai, Raimundo Malato, formulou um convite em tom de imposição, para que assumisse o Cartório do qual era titular, sob o argumento de que nenhum outro filho tinha tantos requisitos para a sua função, quanto ele, Antonio. O Cartório exigia uma pessoa de postura serena, inteligente, determinado, responsável, de conduta ilibada, entre outros predicados que Antonico detinha, tal qual a cortesia e um bom circulo de amizades.
A princípio ficou de pensar, afinal dispunha de dois meses de férias, entretanto; a segunda surpresa estava por acontecer: ai não teve jeito; remeteu uma carta de demissão para o Loyde e iniciou o seu aprendizado no Cartório aos 25 anos de idade e aos 27 contrai matrimônio e se afasta definitivamente da boemia, das diversões e da música.
Vinte e tantos anos se passaram, sempre exercendo as mesmas atividades de Tabelião, aliás, muito bem elogiado por todos os Juízes que passaram pela Comarca, especialmente os Doutores: Célio Cal e Ary Mota Silveira. No ano de 1958, contrai matrimônio pela 2ª vez, com a morte da primeira esposa; e em 1965 Antonio Malato decide ingressar na vida política partidária e se candidata ao cargo de Prefeito Municipal, vencendo as eleições e cumprindo um mandato de 1966 a 1970.
Dentre tantas realizações operadas naqueles quatro anos, duas já eram planos de muitos anos. A primeira iniciativa, foi a aquisição de uma embarcação marítima, para permitir que as pessoas pudessem viajar regularmente à Belém, sem depender do monopólio da iniciativa privada, que subjugava e humilhava à população que dependia desse meio de transporte. A segunda iniciativa, foi a constituição da Banda Musical de Ponta de Pedras. Conseguiu contratar um maestro aposentado, originário da Cidade de Curuçá para ministrar o primeiro Curso de Teoria Musical, para o grupo que mais tarde, viria integrar a banda musical. Seu Antonico, para estimular o grupo, fez-se aluno e aprendiz, de novo instrumento: o Bombardino; o qual manuseou até o término da cessão do maestro, quando teve que abandonar o instrumento para assumir a Regência da Banda, a mesma que haveria de vencer várias competições entre outras mais tradicionais, dada sua boa performance. As festividades religiosas não precisavam mais importar bandas militares de Belém, pois já dispunham de um excelente grupo e um bom acervo de instrumentos musicais.
Mas nem tudo foram flores no caminho daquele grupamento; seu Antonico sabia que, enquanto fosse Prefeito, nada afetaria a Banda; mas depois que deixasse a Prefeitura, ele temia até pela sobrevivência da corporação, o que poderia ficar restrita à fotografias e recordações do passado. Exatamente por isso, orientou os Vereadores de sua facção política, no sentido de que aprovassem sem reservas, uma Lei que permitisse a transferência da Banda com todo o seu acervo de instrumentos, para uma organização não governamental – o Círculo Operário de Ponta de Pedras – vital para proteção e prevenção do grupo.
Mais tarde, quando volta à governar o Município em 1978, revitaliza a Banda Musical Circulista e incentiva o grupo a participar de novos certames em Belém , sempre com muito êxito. Naquela ocasião, empolgou-se tanto com a Regência, que chegou a compor várias músicas, sempre com partituras voltadas para os instrumentos da Banda; notadamente aquelas que foram dedicadas as suas netas: uma música para a Adriana e outra para Messiana; uma marchinha carnavalesca com letra, que entitulou “ Arrasta o pé Luciana” para sua neta Luciana; um frevo Milico no maxixe, sem falar nos dobrados “ Da terra ao céu” e “ Martinho Pinheiro”, dedicado ao primeiro professor e maestro da Banda.
Durante o curto mandato de Prefeito, reduzido pela metade em conseqüência de sua morte em 25 de julho de 1980, realizou inúmeras obras públicas de notória repercussão social, principalmente a construção de um barco-motor que levou o nome de seu pai: Raimundo Malato, inaugurado no dia 13 de julho de 1980. Durante aqueles doze dias que antecederam a sua morte repentina, as pessoas do povo, as autoridades, amigos e especialmente os visitantes, o abordavam para parabenizá-lo por tão oportuna iniciativa, e ele; sorrindo agradecia à todos os cumprimentos. Todavia, aos mais íntimos corrigia os elogios dizendo: (abre aspas) não! Este não foi o melhor trabalho que tive a honra de liderar. Nada haverá de superar a emoção que sinto, todas as vezes que reúno os músicos da banda, com vistas a uma nova apresentação. Desde os primeiros acordes nos ensaios, já entro num estado letárgico e a emoção me acompanha até o último acorde da temporada. O barco não!... logo-logo a população irá se acostumar com a embarcação e eu mesmo vou encará-la com naturalidade, desprovido de emoção (fecha aspas).
Este foi Antonio Malato que, num pleito de justiça, teve seu nome lembrado para denominar a Associação Musical que um grupo de voluntários, criou em 1981, não só para abrigar a Banda Musical, mas para estimular a formação de outros segmentos que a música propicia, tal qual os Conjuntos Musicais, Corais e Vocalistas e quem sabe no futuro muito próximo; uma Orquestra Sinfônica.

Milton Malato

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Club Musical Circulista



CLUBE MUSICAL CIRCULISTA 1969 a 1981

Em 31 de janeiro de 1967, Ponta de Pedras, recebe com grande honra o ilustre chefe do Poder Executivo Sr. Antonio Malato Ribeiro (o Antonico), como o novo Prefeito do município pontapedrense. E em certa ocasião foi programada uma apresentação com alunos do jardim no salão paroquial, onde o Senhor Prefeito foi um dos convidados levando como acompanhante o Senhor Miércio Alcântara que neste tempo era o agente da receita estadual no município chamado de coletor.Lá chegando foi lhes oferecidos os primeiros lugares da frente. A peça da encenação começava representando uma Banda Musical, só que esta, era muda, sem instrumentos, apenas representada por gestos simples dos garotos.Esta cena da Banda Musical muda tocou profundamente no coração do prefeito, pois a música era a arte que ele mais gostava, imediatamente toma uma decisão: Conversa baixinho com seu companheiro de cadeira e lança o convite para que este o ajudasse a criar uma Banda Musical, só que esta fosse de verdade com instrumentos de metal onde se pudesse ouvir o som ou o timbre de cada instrumento usado.Naquele encontro dos alunos do Jardim da Infância com a presença do Prefeito foi o momento decisivo pra criação de uma Banda Musical em Ponta de Pedras.E em meio a tantos, o dedo do divino Deus apontou um: Sr. Martinho Pinheiro. Cidadão de idade avançada, alto, magro, tom de voz grave, falava quase sempre pausado, de família humilde, porém, muito rico em conhecimentos musicais.Este, depois de ouvir o convite, pensou e aceitou o desafio. Tomou sua mochila de viagem e no primeiro barco que partiu para o Marajó juntamente com seu amigo Miércio a que desembarcaram.Quanta alegria da parte do Senhor Prefeito, este procurou dar todo apoio necessário para que o trabalho fosse desenvolvido com eficiência. Deu-lhe a Sede do Círculo Operário pra sua moradia e ao mesmo tempo servia de Escola e no futuro para ensaios da Banda e assim aconteceu. Começam as aulas com 50 alunos. Enquanto isso o Prefeito continua entusiasmado com o projeto da Banda Musical, escreve para São Paulo e lá encontram a representação da Weril instrumentos musicais LTDA, onde faz a encomenda do instrumental, agora é só aguardar a chegada. De repente explode uma notícia na cidade; na semana vindoura deverá chegar na cidade de Ponta de Pedras o tão sonhado instrumental da Banda musical.O boato vai se espalhando de boca em boca, de aluno pra aluno e assim a pequena escola musical vira a maior novidade entre o seu povo, até que chega o dia esperado. Mais ou menos quase na hora de chegar o barco, todos os alunos juntamente com os demais curiosos correram pro porto (trapiche público municipal), aguardar a chegada do barco.De longe se avista o pequeno barco vindo de Belém capital trazendo o instrumental novo da Banda.  Todos queriam ajudar a transportar os caixotes pra sede do Círculo Operário. Lá chegando foram abertos e colocados em exposição pra todos:

CLUBE MUSICAL CIRCULISTA
1969 a 1981




Uma Tuba Um Bombardino
Dois Trombones Dois Trompetes
Um Sax Tenor Um Barítono
Duas Trompas Um Sax Alto
Um Sax Soprano Um Clarinete
Um par de Pratos Um Surdo
Um Bumbo Uma Caixa-Tarol.
Ao todo dezessete instrumentos novos.
Quanta espera quanta ansiedade. Depois de mais umas semanas finalmente chega o abençoado fardamento. Muita alegria, muita animação. O povo também aguardava com muita ansiedade por aquele momento tão precioso pra ver a Banda fazer a sua primeira apresentação nas ruas de Ponta de Pedras.
A década de 60 já se despedia lentamente dando lugar pra um novo período que se aproximava, porém, naqueles 31 de janeiro de 69, Ponta de Pedras registrou um acontecimento marcante na vida do seu povo. Prefeito Antonio Malato e Mestre Matinho Pinheiro decidiram tornar realidade àquilo que por muitos anos fora um sonho: Criar uma Banda de Música de verdade, e agora estava pronta. Em frente a sede do Círculo Operário na Avenida Djalma Machado começa a organização para grande apresentação inaugural. Na frente marchava o arquivista com sua pasta em baixo do braço com tendo as partituras, o menino Emiliano Boulhosa Ribeiro de 5 anos de idade o (Milico) que era mascote da Banda, seguido de:
Tuba – José Ribeiro Tavares - (o Zé Pires)
1º Trombone – Eloíno Serrão Nonato
2º Trombone – Manoel Pereira da Silva
1º Trompete – Paulo Pereira
2º Trompete – Iracindo Dias Pereira (o apito)
Bombardino – Antonio Malato Ribeiro (o Prefeito)
Barítono – Altamiro Pereira Dias (o catito)
1º Clarinete – Antonio Pereira (o catumbi)
2º Clarinete – Manoel Bianor Machado
3º Clarinete – Armando Moraes Tavares
Sax Alto – Raimundo Lucas Tavares Pereira (o Lucas)
1º Sax Tenor – Edward de Araújo Malato Ribeiro
2º Sax Tenor – Sércio Pereira
Sax Soprano – Francisco de Araújo Malato (o Chiquito)
1ºSax Horn – João Pereira da Silva
2º Sax Horn – João Lobo
Pratilheiro – Pedro de Jesus Ferreira
No Surdo – André do Vale Ribeiro
Caixa-tarol – Sebastião Gomes Amanajás (o Babá) e
Bumbo – Wandk Gomes Amanajás, essa dupla de irmão faziam a marcação segura daquela nova Banda Musical que recebeu a denominação de Clube Musical Circulista e foi inaugurada em 3 de janeiro de 1969. Agora a Banda em desfile pelas ruas da cidade de Ponta de Pedras, o povo nas ruas ou em suas casas aplaudia de pé quando a Banda passava tocando os mais variados dobrados de seu repertório. Enquanto os músicos garbosamente desfilando, recebiam e agradeciam com humildade os aplausos do povo que não se cabiam de contentamento de felicidade. O nosso Mestre Martinho com sua idade avançada, naquele abençoado dia 31 de janeiro de 1969, viu todo seu trabalho coroado de Glórias no momento em que terminou a apresentação da nova Banda em desfile, o Clube Musical Circulista ele o entregou aquela organização para o Prefeito de Ponta de Pedras Sr. Antonio Malato Ribeiro que a partir daquela data o seria o Mestre – Regente da nova Banda. Agora o Mestre Martinho ficou apenas assessorando e escrevendo novas Músicas para enriquecer mais o repertório musical da Banda. Agora o clube Musical Circulista prossegue com a coordenação do Prefeito Antonio Malato Ribeiro, que além de regente mais tarde iria compor algumas músicas como Milico no Maxixe.
Milico era seu filho mais novo de nome Emiliano, que na época era mascote da Banda. Vestindo o uniforme da Banda (Farda) ele seguia marchando na frente, conduzindo em baixo do braço uma pasta onde continha as partituras musicais que seriam apresentadas naquele evento. Mais tarde escreveu outra Marcha em Dó Maior e ofereceu para sua neta Luciana, sendo mais completa: música e letra que assim o denominou;
Arrasta o Pé Luciana – Marcha
Letra
Arrasta o Pé Luciana
A folia começou
Seja bacana – não precisa sururu
Não adianta fofocar – vamos é aproveitar
Esta marcha é brasileira
Ronca a noite inteira
E não vai parar – arrasta – arrasta
II
Eu queria que não amanhecesse
Nem acabasse nunca mais o carnaval
E o patrãozinho me esquecesse
Não publicasse no edital
E a Luciana favorecesse
E nunca desse mais aquele vendaval
Depois desta composição, ele ainda escreveu mais três músicas, um samba que ele dominou de Recadinho, uma marcha que ofereceu pra outra neta de nome Adriana, e finalmente um Dobrado que ele deu o nome de “Da Terra ao Céu”.Todas essas músicas que o regente preparava, mais as que o mestre Martinho deixou, somando com as demais de outros autores, serviam pra enriquecer o repertório variado do Clube que já tocava todos os ritmos da épocaOs Campeonatos de Bandas
A Funarte, órgão responsável pelo desenvolvimento musical no Brasil, juntamente com o MEC (Ministério da Educação e Cultura), e o INM (Instituto Nacional de Música), em 1977 criaram o primeiro Campeonato Regional de Bandas. No Pará este projeto criou asas mais fortes tendo o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Desportos e Turismo. Lançado o convite Ponta de Pedras se fez representar através do Clube Musical Circulista, que participou juntamente com as Bandas do Amapá, Sergipe, Manaus (uma Banda só de mulheres) e Fortaleza - Ceará. Nesta competição o Clube Musical Circulista alcançou a segunda colocação. No ano seguinte (1978) houve o Campeonato Estadual, e o Clube Musical Circulista apoiado pelo seu Regente Sr. Antonio Malato Ribeiro, num ímpeto de coragem enfrentou a já tradicional Banda 31 de agosto da cidade da Vigia (Região do Salgado), e com três músicas: Largo da Matriz- Dobrado- de Pedro Salgado / Exaltação ao Pará– Samba- de B. Nunes – e da Terra ao Céu- Dobrado– de Antonio Malato o regente do Clube Musical Circulista, conseguimos alcançar a pontuação desejada deixando a segunda colocação pra Banda 31 de agosto e recebendo o Certificado juntamente com o troféu de 1ºlugar, fato histórico que até hoje envaidece a todos os Pontapedrense.O grande ginásio do SESC na avenida visconde de Souza Franco na Doca ficou pequeno diante da imensa alegria do povo pontapedrense que pulava cantava e gritava de contentamento diante daquela merecida vitória do Clube Musical Circulista, naquela noite de 28 de julho de 1978.
 

No dia 25 de julho de 1980, os rádios de Belém anunciaram o falecimento daquele homem público Prefeito de Ponta de Pedras, foi um verdadeiro descontrole na população pontapedrense.Nesta manhã o Barco Raimundo Malato estava em Belém e diante do acontecido precisava chegar o mais rápido possível em Ponta de Pedras seu motorista não pensou duas vezes, apertou a acelerador e o barco passou a correr como voadeira. Aquele percurso que antes era feito em 04 horas neste dia foi feito em 120 minutos. (duas horas)A Banda que foi criada na sua primeira administração agora tinha o mais difícil de todos os seus compromissos, pois o referido gestor que também era músico e foi Maestro da Banda desde a sua criação, quando no seu trabalho de regente, revendo seu arquivo encontrou um Dobrado do autor E. Santos, dobrado em Lá menor denominado Um Adeus, este dobrado parece ter preenchido todos os requisitos musicais da sua alma, foi sua última paixão musical.Depois que ele estudou o Dobrado, começou a ensaiar com a Banda e passou a recomendar dizendo que aquele dobrado o Clube Musical Circulista tinha que tocar na beira da sua sepultura por ocasião em que seu corpo descesse a terra fria, sempre ele dizia isto. Só que jamais alguém pensou que isso fosse acontecer tão logo e tão rápido. Certamente o dia 25 de julho no calendário de Deus já estava marcado.Assim que a notícia correu de que o Prefeito de Ponta de Pedras tinha morrido, dentro do Clube Musical Circulista a preocupação foi total, pois logo veio na cabeça de cada músico a cobrança do tal Dobrado, mas quem seria capaz de tocar se todos estavam fortemente abalados pela perda daquele homem que foi o criador da Banda e regente da mesma até aquele dia.O Maestro da Banda era uma pessoa que conseguia ver as coisas além das aparências no presente, ele sempre conseguia como que prevê o futuro, por isso já havia escolhido até o dobrado a ser tocado no dia do seu funeral, Um Adeus. Realmente o nome dizia tudo, um adeus mesmo.Poderíamos nós imaginar a arranjo daquele dobrado, o andamento do compasso no tempo e contratempo se encaixando com perfeição quando bem executado. Somente ele o Maestro seria capaz de escolher e se deixar seduzir por aquela música, pois essa arte já o havia fascinado desde muito jovem quando a escolheu como a primeira entre tantas ocupações (trabalho), quis aprender, se aperfeiçoou e lá se foi o trompetista pontapedrense tocar a bordo de um navio em alto mar, tendo como acompanhante as ondas que sempre fazia o navio dançar juntamente com seus passageiros, e as estrelas que iluminavam sua mente voltada para Deus.A Música era tudo pra ele seu último dobrado que ele compôs como Regente da Banda o dominou: DA TERRA AO CÉU. Ele era uma pessoa muito ligada às coisas divina.E a Banda como fazer pra saudar seu último compromisso com o seu fundador, tocar o dobrado Um Adeus? Missão difícil.Mas compromisso e compromisso e promessa é dívida.
Um Adeus.
Foi um momento de silêncio total, apenas o som e o timbre de cada instrumento se fazia ouvir por toda a praça totalmente tomada pelo povo.Os Músicos discípulos daquele que foi o articulador da Banda, procuravam-se compenetrar da melhor maneira possível para executar aquele dobrado Um Adeus sua última paixão musical.Terminando este ato, o cortejo seguiu, e a cem metros lá estava o campo santo aguardando aquele seu filho ilustre, para encomendar para o paraíso da eternidade. Ele partiu mais suas muitas obras ficaram marcando a sua presença no tempo e no espaço, principalmente a Banda e o Barco.

Sercio Pereira

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

NAVEGAPARÁ - AMAM

 Sedect divulga relação de aprovados na seleção de monitores de infocentros Programa Telecentros .BR 

http://www.sedect.pa.gov.br/ 

A Secretaria de Estado Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SEDECT) divulga o resultado da Seleção Pública para cadastro de reserva de monitores de Infocentros do Programa NAVEGAPARÁ, em parceria com Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas comunidades-Telecentros.Br, no Âmbito do Convênio Sedect/Prodepa/Mp/Mct/Mc.
Os candidatos serão convocados pela Coordenação de Infocentros da SEDECT, respeitando a ordem de classificação e a disponibilidade de vagas em cada Infocentro do Programa de Inclusão Digital NAVEGAPARÁ
ctaeseducpa.wordpress.com/.../sedect-seleciona-monitores-para-os-infocentros-navegapara/

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ensaios da Banda de Música e do Coral Marajoara


Ensaio do Coral

 Iniciaram os ensaios da Banda de Música da AMAM e do Coral Marajoara para a programação do Círio 2010. Confirmada também a apresentação da Banda no Município de Muaná dia 11 de dezembro do ano em curso, esperamos contar com a presença de todos os músicos nos ensaios.

Antonia Teixeira

 Os ensaios da Banda de Música da AMAM acontecem de segunda a sexta no auditório Edwar Malato, localizadona na sede da AMAM das 19:00 as 21:00 horas, com tolerancia de 30 minutos para o fechamento do portão.Os ensaios do Coral tambem acontecem de segunda a sexta no auditório Edwar Malato, das 18:00 as 19:00 horas.
Banda Antonio Malato

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Círio da Comunidade de Vila Nova - 2010

Homenagem dos Alunos de Flauta Doce
No dia 24/10/2010 a comunidade de Vila Nova comemorou o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Festa Religiosa tradicional na comunidade. Participaram da Procissão cerca de 200 pessoas acompanhada pela Banda de Música da AMAM. Durante o percurso do Círio muitas Homenagens entre elas os alunos de catequese e de Música do Núcleo da AMAM fizeram seus agradecimentos a Padroeira do Povo Paraense.
Banda de Música da AMAM
Homenagem do Coral e da  Banda de Música da Vila Nova






sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Semana da Pátria 2010 - Núcleo Praia Grande


Banda de Fanfarra Praia Grande
ESCOLA DE MÚSICA NÚCLEO PRAIA GRANDE

Histórico
  Núcleo de Música da Comunidade de Praia Grande foi criado no dia 02 de maio de 2008. O Núcleo faz parte do Projeto “Música para Todos “da Associação Musical Antonio Malato – AMAM. Em parceria com a, Paróquia Nossa Senhora da Conceição e a Comunidade de Praia Grande  O objetivo do projeto é realizar atividades que visam o ensino da música, com o fim de prover a qualificação profissional do músico do interior. É um projeto de cunho sócio-educativo que tem como público alvo principalmente crianças e jovens de baixa renda, com parte dessa clientela em situação de vulnerabilidade social e/ou em situação de risco
As atividades são executadas no Centro Comunitário Cristo da Praia onde são oferecidos aulas de Musicalização, Flauta Doce, Percussão, violão e teclado.Atualmente, o Núcleo de Música da Comunidade tem como coordenadora: Elaine Cristina Gouvea Rodrigues, e Cimara Gouvea Evangelista e como monitores:  Marciel Gouvea Gonçalves, Vando Bandeira Aires e Marcelino Beltrão Tavares. E no ano de 2010 foram matriculados 40 alunos.

                                                                   
                                             BANDA DE FANFARRA PRAIA GRANDE
HISTÓRICO
A Banda de Fanfarra Praia Grande foi criada no dia 19 de Maio de 2009. Resultado do Projeto “Música para Todos” da Associação Musical Antonio Malato, tem como principal objetivo acompanhar o Desfile Escolar da Comunidade. Composta por 22 alunos do Núcleo de Música da Comunidade.Os primeiros instrumentos foram adquiridos com o patrocínio do Projeto Criança Esperança.
Corpo Coreográfico